Citroën C4 Picasso 1.6 HDi CMP6 (5 lugares)

AS RAZÕES que tornam mais fácil a vida dos vendedores da marca são uma sucessiva e intensa renovação dos produtos — visualmente mais atraentes e constantemente melhorados em aspectos como a habitabilidade, qualidade de construção e inovação tecnológica —, sem esquecer que tudo isto surge «adoçado» com um preço muito competitivo que permanentes campanhas de marketing fazem questão de nos alertar.

«O CARRO é muito giro!», eis uma frase que mais ouvi nos dias em que o tive para ensaio. Exteriormente bonito mas igualmente atraente quando lhe apreciavam o interior e a habitabilidade, não sendo excessivamente comprido é suficientemente largo para deixar adivinhar conforto em viagens longas. Mas não só: na disponibilidade de pequenos espaços, cobertos na parte superior do tablier ou, ao centro deste, um outro refrigerado onde é possível manter uma garrafa de água de litro e meio.
Soluções de modularidade dos bancos traseiros, espaços sob o piso e tabuleiros são já conhecidos, merecendo especial destaque a boa capacidade da bagageira (500 litros), a versatilidade de colocação da divisória e, tal como na anterior geração, um cesto com rodas dobrável, consoante o nível de equipamento escolhido.

INOVAÇÃO e criatividade têm sido adjectivos utilizados para os produtos mais recentes da marca gaulesa. Se, no segundo caso, nos podemos cingir às linhas fortemente personalizadas e identificadoras do modelo, que o fazem distinguir dos demais, ou até mesmo à criação de soluções de versatilidade interior, no primeiro, há que referir a tecnologia empregue com o objectivo de simplificar e tornar mais seguro o acto de conduzir.

INAUGURADO no C4 berlina, temos ainda um volante com uma zona superior fixa (rodando sobre um painel de comandos de rádio ou do telefone, limitadores de velocidade e cruise control) e, tal como o Grand Picasso, controlos de climatização colocados à esquerda do condutor (os principais), ou à direita do banco do passageiro os de controlo individual. Esta irreverência desafogou de comandos a zona central do tablier, concentrando e melhorando a acessibilidade dos mesmos por parte do condutor.
A aposta mais ousada do importador, tem sido a introdução da caixa manual pilotada de seis velocidade. Creio que aquilo que verdadeiramente a distingue das demais caixas de velocidades «clássicas», nem é o modo como o condutor a pode «controlar». Há manípulos sobre o volante — nenhuma novidade —, um manipulo junto à coluna da direcção para permutar entre os modos — ponto morto, marcha-atrás, inteiramente automático ou sequencial e até aqui também nada de novo... —, contudo, e isto é deveras agradável de constatar, com consumos médios e emissões poluentes menos elevados face à caixa de velocidades manual.

Este motor 1.6 HDi é realmente uma agradável surpresa. Muito suave, silencioso, isento de vibrações e permitindo consumos moderados face ao peso, é o único a equipar esta versão em Portugal. Para além da caixa automática, pode vir acoplado a uma outra manual de cinco velocidades, uma economia inferior a 1000 euros se compararmos níveis idênticos de equipamento. Por falar em equipamento, de referir que, mesmo a versão base, com transmissão manual (a partir de cerca de 27500 euros), está presente o mais importante em termos de itens de segurança activa e passiva. O que fez o C4 Picasso merecer a pontuação máxima de cinco estrelas na protecção dos ocupantes nos testes de colisão EuroNcap.
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PREÇO, desde 29 000 euros
MOTOR, 1560 cc, 110 cv às 4000 rpm, 16 V, 240 Nm às 1750 rpm, turbodiesel de geometria variável, common-rail, filtro de partículas
PRESTAÇÕES, 180 km/h
CONSUMOS, 6,8/5,1/5,7 l (cidade/estrada/misto)
EMISSÕES POLUENTES 150 g/km de CO2
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Resultado nos testes (2006):
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