Citroën C-Crosser 2.2 HDi
NO MUNDO global em que vivemos, são cada vez mais vulgares as parcerias entre fabricantes e a partilha de componentes dentro de um mesmo grupo construtor. Há quem por isso lamente a falta de personalidade, carisma ou identificação própria de certos modelos, mas a realidade é que estas sinergias geram grandes poupanças — de tempo e de dinheiro — durante a concepção, desenvolvimento e posterior fabrico, com os métodos actuais de produção a permitirem alguma personalização, consoante a marca que cada veículo no final receba. É o caso do Citroën C- Crosser, do Peugeot 4007 e do Mitsubishi Outlander. Em Portugal, o preço de cada uma das duas versões existentes nos modelos do grupo PSA não diferem muito entre si, com variações pontuais de equipamento. O carro japonês só é comercializado com o nível máximo de equipamento.

Para entrar neste apetecível mercado, o grupo francês PSA aliou-se a um dos maiores e mais reputados especialistas em matéria de construção de viaturas 4x4, com um palmarés brilhante também no plano desportivo: a japonesa Mitsubishi, cabendo aos franceses fornecer motores, um dos quais o 2.2 HDi, aqui com 156 cv.

A mala é suficientemente ampla para o segmento: 440 ou 510 litros, consoante a posição da segunda fila de bancos que corre longitudinalmente sobre calhas. Com sete lugares, fica abaixo dos 200 litros, com apenas 2 sobe para 1686 l.

A disposição dos comandos não oferece dificuldade, colocados que estão de forma racional. Do equipamento base consta um computador de bordo, mas para o sistema de navegação e o magnifico sistema de som com disco rígido para guardar ficheiros MP3, são necessários cerca de mais 3220 euros. Os materiais usados e a qualidade de construção não diferem muito do que se encontra na concorrência, tal como o número de pequenos espaços. O rebatimento dos bancos da segunda fila pode ser feito de forma manual ou eléctrica através de botões colocados na zona da mala.

As imponentes jantes de 18 polegadas que equipam as versões com o nível de equipamento Exclusive, sem penalizarem grandemente o conforto, contribuem bastante para o comportamento quase desportivo do conjunto. Estável em velocidades elevadas, o C-Crosser não deriva lateralmente em curva, permitindo manter uma média elevada. Nesse aspecto conduz-se quase como um vulgar turismo, mas é evidente que o controlo de estabilidade, sempre presente de série, é decisivo.

Outro dos aspectos que o fazem SUV é a tracção, gerida electronicamente através de sistemas que doseiam a força disponível, não apenas entre os eixos, como entre cada uma das rodas que os constituem. Ao condutor deixa a possibilidade de escolher manualmente se a deseja apenas para as rodas dianteiras — ideal para boas condições de aderência, beneficiando os consumos — reparti-la pelas quatro ou a posição Lock. Nesta, e com velocidades de até 80 km/h, é principalmente o bloqueio das rodas dianteiras que lhe evita o patinar em pisos de menor aderência.
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PREÇO, desde 44900 euros MOTOR, 2179 cc, DOHC, 16 V, 160 cv às 4000 r.p.m., 380 Nm às 2000 rpm, common rail, turbo de geometria variável, intercooler CONSUMOS, 9,5/5,9/7,2 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 191 g/km
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