ENSAIO: Volvo S60 D3 2.0D/163 cv
Partindo de uma plataforma que serve modelos tão diversos como os Ford Mondeo ou o Galaxy, mas também o vistoso Volvo S80, este carro surge com a intenção clara de competir directamente com marcas de prestígio como a Mercedes ou a BMW, num segmento particularmente competitivo e tradicionalmente dominado pelos construtores alemães. É o último dos produtos concebidos e desenvolvidos pela conceituada marca sueca dentro do grupo Ford. Não é por isso de estranhar a partilha de alguma mecânica com os carros da empresa americana. Embora esta tenha concretizado em 2010 o negócio da venda da Volvo ao grupo construtor chinês Geely, os carros suecos destinados ao mercado europeu vão continuar a ser produzidos na Europa, em instalações na Suécia e na Bélgica.

Nada fácil de conseguir como é bom de ver.
Segurança desportiva

No cômputo geral pode dizer-se que a tarefa foi globalmente cumprida. O S60 dispõe efectivamente de um carácter dinâmico e de uma sensação de qualidade de construção bastante evidentes, embora não possa reclamar o habitáculo mais amplo da categoria. Apesar de tudo, é capaz de assegurar que dois adultos possam viajar no banco traseiro com bastante conforto e os ocupantes dianteiros encontram suficiente desafogo e ainda pequenos espaços em quantidade suficiente para a recolha de objectos pessoais. Destaque, neste campo, para a configuração da parte central da consola, que reserva atrás desta um lugar suplente mais escondido dos olhares.
Se quando apreciado do exterior o novo Volvo S60 denuncia uma imagem claramente desportiva, o interior e a posição de condução são capazes de acompanhar a mesma tendência. À vista, sem grandes alardes mas o necessário toque de modernidade, um bonito e funcional painel com os instrumentos necessários e um conjunto adicional de informações relacionadas com o equipamento de segurança. Sim. Porque se há característica que a engenharia sueca não deixa por mãos alheias é a da segurança e, por isso, o condutor pode contar com avisos (junto à parte interior dos retrovisores) para a presença de obstáculos no ângulo morto dos respectivos espelhos, sinais sonoros da transposição involuntária das linhas do pavimento ou indicadores visuais da aproximação ao veículo da frente, podendo até, se a função estiver activa, travar a marcha de modo automático.
Penta cilíndrico
Em termos dinâmicos, o S60 na versão ensaiada conta com os préstimos de uma unidade diesel de 5 cilindros. A configuração não é habitual nesta cilindrada, mas a verdade é que o motor deriva de um outro mais potente. O facto garante-lhe um funcionamento menos esforçado face aos 163 cv que reclama de potência, o que pode, a seu tempo, jogar a favor da fiabilidade.

O consumo médio assinalado no computador de bordo após o ensaio foi de 7,5 litros, acima dos 5,3 (ideais) apontados pelo fabricante. Com o objectivo de se conseguir uma condução mais poupada, existe um indicador que assinala a mudança ideal para cada momento da condução.
Dados mais importantes
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Preços desde | 37200 (1.6 GTDi) 38300 (D3) |
Motor | 1984 cc, 5 cil/20 V, 163 cv às 2900rpm, 400 Nm das 1400 às 2850 rpm, common rail, turbo, geometria variável, intercooler |
Prestações | 220 km/h, 9,2 seg. (0/100 km/h) |
Consumos (médio/estrada/cidade) | 5,3 / 4,2 / 7,2 litros |
Emissões Poluentes (CO2) | 139 gr/km |
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